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Isabel confessou, com detalhes, como fazia os salgados e vendia em Caruaru e Garanhuns, disse o delegado Wesley Fernando
Foto: Wenyson AlbiĂŠrgio/Especial para o NE10
A PolĂcia Civil de Pernambuco confirmou, nessa quinta-feira (12), mais uma informação que impressiona pelos requintes de crueldade utilizados pelos acusados Jorge Negromonte, 50 anos, Isabel Cristina, 51, e Bruna Cristina de Oliveira, 25, para matar, esquartejar e enterrar duas mulheres, no quintal de casa, em Garanhuns, no Agreste Meridional de Pernambuco.
Segundo o delegado Wesley Fernando, que estĂĄ Ă frente do caso, durante o depoimento de Isabel Cristina, ela confessou que parte dos salgados â coxinhas, risoles, empadas, entre outros â que ela fazia para vender na cidades eram recheados com a carne das vĂtimas. âDepois que eles esquartejavam, a carne era congelada, desfiada e tambĂŠm utilizada para alimentar a famĂlia, inclusive dando partes dos corpos para a criança que morava com o trio. AlĂŠm disso, segundo Isabel, a parte preferida era o coração das vĂtimas. Mas nada sobrava. Eles tambĂŠm usavam o fĂgado e os mĂşsculos das pernas que eram fervidos e ingeridos, numa espĂŠcie de ritual macabroâ, explicou o delegado. A polĂcia acredita que esse mesmo ritual foi feito tambĂŠm com outras vĂtimas.
PolĂcia encontrou carne humana na geladeira da casa dos assassinos, confirma delegado
AtĂŠ essa quinta, acreditava-se que o nome de Bruna Cristina, amante de Jorge hĂĄ sete anos, era JĂŠssica Camila da Silva, de 22 anos. Mas essa pode ter sido a primeira vĂtima do grupo. Depois do assassinato, Bruna assumiu a identidade da jovem, que morava em Rio Doce, Olidna, RegiĂŁo Metropolitana do Recife. A menina de 5 anos que morava com os acusados pode ser filha de JĂŠssica. A polĂcia ainda investiga outros cinco homicĂdios que podem ter sido praticados pelos trĂŞs.
VENDEDORA DE SALGADOS Isabel Cristina Pira, 50, dona de casa, casada com Jorge BeltrĂŁo Negromonte da Silveira, 50, fazia os salgados em casa e saia pelas ruas do centro de Garanhuns vendendo empadas, coxinhas, sempre com o argumento que estava precisando comprar remĂŠdios e colocar comida em casa.
O CRIME A PolĂcia Civil localizou os corpos de Giselly Helena da Silva, conhecida como âGeisa dos Panfletosâ (desaparecida desde o dia 25 de fevereiro) e Alexandra da Silva FalcĂŁo, 20 anos (desaparecida desde o dia 12 de março de 2012). Elas foram assassinadas, esquartejadas e enterradas no quintal da casa dos assassinos. Quando a polĂcia chegou na residĂŞncia foi recebida por uma criança de apenas cinco anos de idade que mostrou aos policiais, âo local onde os pais mandavam as pessoas para o infernoâ. Ela foi levada para o Conselho Tutelar da Cidade e os acusados, Jorge Negromonte, Isabel Cristina e Jessica Camila foram encaminhados para a 2ÂŞ Delegacia, onde confessaram ter cometido o crime.
DOR Em entrevista, Celma Maria Leandro da Silva, 42, mĂŁe de Alexandra da Silva (vĂtima), tinha esperança de encontrar a filha ainda viva. Segundo ela, Alexandra saiu de casa no dia 12 de março, dizendo que ia resolver uma questĂŁo de emprego, jĂĄ que uma mulher (que seria Isabel, uma as acusadas) teria lhe oferecido uma oportunidade de trabalho, enquanto pegava Ă´nibus no centro da cidade.
REVOLTA Moradores das Rua das Emboabas, no bairro Jardim PetrĂłpolis - onde aconteceu o crime - arrombaram a residĂŞncia dos acusados e atearam fogo no imĂłvel. A PolĂcia tambĂŠm registrou um saque no local. Quatro pessoas foram detidas.Entre elas, trĂŞs menores.
DO NE10
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